sexta-feira, 19 de outubro de 2012

"CAMINHO DA LUZ" - PEDRA DOURADA - MG - CACHOEIRAS E BELEZAS NATURAIS: CLIQUE E CONHEÇA UMA LINDA REGIÃO!!!


Caminhantes de norte a sul do Brasil participaram da Coletiva Oficial do Caminho da Luz, o Caminho do Brasil



Dezenas de caminhantes vindos de diversos Estados do Brasil como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Paraíba, entre outros, participaram, no período de 15 a 22, da 13ª Edição da Caminhada Coletiva Oficial do Caminho da Luz, o Caminho do Brasil, promovida pela Associação Brasileira dos Amigos do Caminho da Luz - ABRALUZ, Entidade que administra o Caminho e que é reconhecida como de Utilidade Pública Estadual através da Lei nº 16.580/2006.

Caminhantes orando na base da Cachoeira de Tombos.
O Caminho da Luz é um caminho de peregrinação que tem início na cidade de Tombos e termina no Pico da Bandeira e é tombado como Patrimônio Cultural do Estado de Minas Gerais através da Lei 18.086/2009.
Luiz Zago e Aspásia com a família de Vanderli
e Ercilene, no córrego dos Favas.
A abertura oficial da Coletiva aconteceu no dia 15 com a celebração de uma Missa dedicada aos peregrinos, realizada na Igreja São Sebastião, em Tombos, e ministrada pelo Padre Francisco Célio da Rocha. Na tarde daquele dia, Albino Neves, Presidente da ABRALUZ, fez uma caminhada de aquecimento com os participantes da coletiva, seguida de um bate papo à beira da Cachoeira do Grilo. Ao final da Missa os participantes do evento encaminharam-se para o Restaurante Casarão, uma Trattoria de propriedade de Teresinha e das filhas Michele e Henriett.



Caminhantes da Luz, tendo ao fundo a bela
paisagem da comunidade da Galiléia.
A conclusão das inscrições dos participantes deu-se no Sesc Centenário Hotel Serpa, de onde os peregrinos partiram no dia 16 para a Cachoeira de Tombos, onde se inicia o Caminho e onde foi oferecido a todos um Café da Manhã  por Alessandro Moreira, Secretário Municipal de Turismo daquele Município, que estava acompanhado do Secretário de Obras Hélio Furlan. Ali, próximo ao Monumento em homenagem aos índios, um grupo de caminhantes fez um grande círculo e juntos rezaram a Oração do Pai Nosso rumando a seguir em direção a Catuné, onde pernoitaram após o 1º dia de caminhada.


No trajeto para Catuné os caminhantes puderam desfrutar de inúmeras belezas naturais, conhecer a Fazenda Oliveira, que data de 1859, e a Mata do Banco, até chegarem à Gruta da Pedra Santa, onde, no dia anterior, milhares de peregrinos de vários Estados do Brasil participaram de uma Procissão e Missa em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes, Santa Padroeira da Gruta e de Catuné, e que tem uma Escultura em sua homenagem à porta da Gruta abençoando uma peregrina.
A recepção em Catuné foi feita por D. Dulce, Shirley, a Diretora da Escola, D. Neuza e outras pessoas daquela comunidade.
Durante todos os dias as mochilas dos caminhantes foram transportadas por Luiz Guimarães e apoiados por Dê e Picirica.
Na manhã do 2º dia os caminhantes rumaram para Pedra Dourada, tomando o Café da Manhã no Balneário da Igrejinha, o qual foi servido por Terezinha, D. Odete, Davi e sua família. Antes da chegada a Dourada os caminhantes passaram pelo Distrito de Água Santa.

Na comunidade do Balneário foi servido o
Café da Manhã aos caminhantes.
Após um banho na Cachoeira de Dourada os caminhantes foram recebidos por Paulo e sua família. Ali, naquela cidade, os caminhantes conheceram, à frente da Igreja, mais uma Escultura em homenagem aos peregrinos e Comunidades ao longo do Caminho da Luz, desta feita o Padroeiro São José abençoando ao peregrino estrangeiro.
O destino do 3º dia foi a cidade de Faria Lemos. O Município é cortado por água de cima abaixo e, durante o trajeto no Córrego dos Favas, Ercilene, Vanderli e sua família, como fazem todos os anos, receberam os caminhantes com frutas, bolos, feijão cozido, mandioca e a tradicional pele de angú frita no fogão a lenha, o que encantou a todos os peregrinos, muitos dos quais diziam "eu não quero mais sair daqui".
As Cachoeiras do Duduta, do Chicão e as várias corredeiras que acompanharam os caminhantes durante a peregrinação no Município de Faria Lemos encantou a todos pela beleza cênica, o que foi coroado com o caloroso acolhimento dos farialemenses, como o Secretário de Turismo Wanderson Bras (Dê), Picirica e a famosa e bem afinada Corporação Musical José Ferreira que, após o jantar servido por Alessandra Drumond e suas secretárias, levou a muitos a bailar pelo Salão do Centro Cultural e Ecoturístico José Carlos de Carvalho. Ali naquela cidade Albino Neves agradeceu o apoio dado pelo Prefeito José Clério Alves Terra - Clerinho, que sempre procura acolher a todos os caminhantes com amor, carinho e boa hospitalidade. Naquela cidade os caminhantes conheceram a Escultura onde o Padroeiro São Mateus abençoa o peregrino criança e afro-descendente.

A passagem pela Cachoeira do Duduta.
Carangola, a maior cidade da região, foi o destino do 4º dia. Durante o trajeto, a Cachoeira do Julinho Lobato, a Serra dos Cristais e a Fazenda das Palmeiras foram alguns dos atrativos. Ali, quem dormiu coletivamente foi recebido na Fafile UEMG. Também naquela cidade os peregrinos passaram pela Escultura da Pietá que se encontra no pátio da Escola Servita Regina Pacis e também em frente ao Santuário de Santa Luzia, onde se encontra a Escultura da Padroeira abençoando um peregrino deficiente visual, simbolizando a Bênção a todos os peregrinos portadores de deficiência física. O Jantar desse dia foi servido no Restaurante Jurandai's e o Café da Manhã no Hotel Gran Palace, numa parceria e gentileza de Edith Terra.
O trecho que liga a Parada General a Ernestina pertencente aos Municípios de Carangola, Faria Lemos e Caiana, com suas paredes adornadas de bromélias, samambaias e avencas, suas minas de cristais e de água e suas infindáveis belezas naturais, rota da antiga linha férrea, encantou a todos que, maravilhados com tanta beleza, classificaram o lugar como um dos mais belos trechos do Caminho da Luz.
Antes de chegar a Espera Feliz, destino do 5º dia de caminhada, os peregrinos passaram pela pacata e bela Caiana, onde, em frente à Igreja de São João Batista, conheceram mais uma Escultura patrocinada pela ABRALUZ. Desta feita, o Padroeiro abençoa um peregrino idoso e Templário, uma homenagem aos idosos e à Ordem Templária que, durante o Período Medieval, dava proteção aos peregrinos da Terra Santa.
Em Espera Feliz, numa gentileza do Padre Edimilson, os caminhantes da luz que dormiram coletivamente ficaram abrigados no Seminário, sendo o Jantar servido no Restaurante Brasinha e o Café da Manhã no Hotel Pico da Bandeira.

Caminhantes no Pico da Bandeira.
Alto Caparaó foi o destino do penúltimo dia da caminhada de 200 quilômetros. No meio do caminho passaram por Quicé, Pedra Menina, Galiléia e Boa Vista. As paisagens são encantadoras. De um lado o rio, do outro a cordilheira do Caparaó acompanhavam o caminhante de um extremo a outro. Porém, nada se compara ao acolhimento da família de Luciana e Claret, onde, além  dos inúmeros quitutes da terra, um som de viola e um canto da terra encantaram a todos, quando novamente muitos expressaram "não quero mais sair daqui" e foi o que alguns fizeram.
Em Alto Caparaó, ao som do piano de Paulo Cesar e do Coral da Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição os caminhantes participaram da Celebração em sua homenagem, ocasião em que alguns deles deram depoimentos que emocionaram a todos. Naquela Igreja, o casal Manoel Tancredo e Sara, de São Paulo, encantaram a todos os presentes ao cantar em homenagem a Nossa Senhora.
Recebidos por Andréia e Marcelo, na Operadora de Turismo Rastro de Luz, onde todos receberam das mãos do Presidente da ABRALUZ o Certificado de conclusão do Caminho. De lá, os participantes rumaram, na manhã seguinte, em direção ao Pico da Bandeira, a Montanha Sagrada do Brasil, o maior pico da região sudeste, o terceiro mais alto do país e primeiro mais alto acessível, situado dentro do Parque Nacional do Caparão, acompanhados pelos guias Josias e Pedro.
A conquista do Pico da Bandeira emocionou a todos que lá chegaram. Foi lá que o peregrino descobriu que o final de todo caminho, na verdade, é o início de um novo caminho.

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