sábado, 7 de abril de 2012

FAÇANHAS DO CARISMÁTICO SIDNEY COSER: ADORNADAS PELA ARTE DO MAURINHO - NO SEU FAMOSO CANTINHO - JORNAL O IMPACTO... (sinta com a vida levada na alegria: há mais harmonia!)


Meu Cantinho O IMPACTO – 07.04.2012

As façanhas do carismático Sidney Coser

Maurinho Adorno

O empresário Sidney Natalino Coser, o popularíssimo Sidney Coser, venceu obstáculos intransponíveis aos que não são obstinados em atingir seus objetivos nos campos pessoal e profissional. É uma figura carismática, um gozador inveterado que não perde o bom humor, mesmo quando tem problemas difíceis. Eu não estava presente, mas tenho certeza de que, em seu parto normal na Santa Casa, no momento em que a enfermeira Angelina Flor deu o tradicional “tapa na bunda”, com o garotinho de cabeça para baixo, ao invés dele chorar deve ter dado enormes gargalhadas. Ela, de seu lado, deve ter gritado “tá pulando”, um jargão de seu pai, Máximo Rodrigues, para vender peixes de carrocinha por toda a cidade. Aliás, “Tá Pulando” virou nome usual desse português folclórico, competente comerciante de pescados. Ninguém o chamava de Máximo.
Sidney Coser tem uma folha corrida de serviços prestados à comunidade, dispensável de ser publicada, pois é de conhecimento da maioria da população. Explorou o ramo de panificação, com a Skinapão, na rua Ulhôa Cintra e culminou por construir no local um prédio comercial, na mesma onde morou com sua genitora na infância. Homenageou sua mãe, dando o nome de “Edifício Cidinha” ao empreendimento. Obstinado, montou a Bompão, uma das maiores empresas de panificação da região. Na Faculdade de Economia da Fundação Otávio Bastos deve ter aprendido muito sobre otimização do trabalho. Em sua empresa trabalham sua esposa, Maria do Carmo Ferriolli Coser (Doca), e os filhos Renan e Leonardo. As filhas Marília e Isabele são exploradas aos finais de semana. Ele diz que fica na “retaguarda”, pois já é aposentado. É uma brincadeira, é lógico.
Não posso deixar de contar três “causos” em que esse meu amigo foi protagonista, dois deles como o mentor, e um como vítima. Na construção de seu prédio vivia as dificuldades de todos aqueles que constroem: o orçamento explodiu. Cheques pré-datados, empréstimos e, lógico, a utilização de cheque especial. Este, literalmente estourado. Sidney entrou no Banco do Brasil para tentar aumentar o limite. O gerente, gozador, disse a ele que dobraria o limite desde que ele ajoelhasse e fizesse o pedido. Ele pensou no gesto humilhante, mas prevaleceu sua picardia. Afastou-se por uns dez metros e foi caminhando de joelhos em direção ao gerente. Gritando suas dificuldades, criou um clima de espanto na cliente que estava nas filas. Com uma saia justa dessas e tentando evitar a desmoralização do banco, o gerente foi ao seu encontro, levou-o até a mesa e na hora dobrou o limite de seu cheque especial. Uma cena inusitada, com aplausos da clientela, a construção salva e a manutenção da honradez para com seus fornecedores.
A sina do Sidney são os bancos. É neles que acontecem as situações pitorescas. Tudo porque ainda não aprendeu a fazer operações pela Internet. Agora, na agência do HSBC. A porta giratória acusa objetos metálicos e o guarda é implacável: “não entra”. Sidney esvazia os bolsos e a porta continua apitando. Tira a camisa e a porta continua apitando. Sidney argumenta, mas o guarda proíbe a entrada. Como depositar e quitar os compromissos sem entrar no banco? Ele tira a camisa e o guarda continua impassível. Não tem dúvida, tira a calça e fica apenas de cueca. O alarme toca. Muita gente assistindo à cena. Uns riem, outros criticam o guarda. Sidney argumentou: “tenho pino no dente, ele deve estar disparando o alarme. Se não for, deve ser minha prótese peniana metálica”. E perguntou ao guarda se queria vê-la. Muitos risos e a situação contornada com a presença da gerente, autorizando a entrada do empresário.
Numa tarde chega um fiscal do Imposto de Renda em sua empresa e seu filho Renan o localiza no setor bancário. “Pai, tem um fiscal em sua sala abrindo as gavetas e vistoriando todos os papéis. O negócio está feio por aqui. Venha já”. Em 10 minutos, assustado, Sidney encostou sua camionete à frente do estabelecimento, falou com o filho que o esperava à porta, e se dirigiu à sua sala. Na sala, folgadamente sentado na confortável poltrona, estava esse escrevinhador, o falso fiscal. Não é preciso dizer as palavras que saíram da boca do Sidney Coser. Renan participou da trama, estava tudo combinado. Prometeu o troco, mas acho que sua esposa, a Doca me protege. Afinal bater em deficiente físico é covardia.
Mauro de Campos Adorno Filho é jornalista,
e ex-diretor dos jornais O Impacto e Gazeta Guaçuana. 
mauro@cpimpacto.com

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