sábado, 8 de dezembro de 2012

NOSSO CANTINHO TRAZ MAIS UMA SINGULAR CRÔNICA DO CRIATIVO MAURINHO: E SE UM DIA SURGIR "O BEBÊ DE ROSEMARY?" (uma sensacional narrativa dos fatos que movimentaram O ROSYGATE...)


  • Nosso Cantinho O IMPACTO –08.12.2012 Maurinho Adorno.

    E se um dia surgir “o bebê de Rosemary”?

    O assessor de imprensa do Partido dos Trabalhadores entra esbaforido no apartamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com as revistas “Veja” e “Época”, ambas com longas reportagens sobre o “affair” do companheiro com Rosemary Nóvoa Noronha, ex-chefe do gabinete da presidência em São Paulo, 
    Lula o recebeu à porta do apartamento, copo de cachaça na mão direita e charuto do Fidel Castro na esquerda – a de quatro dedos.
    – Entra meu amigo e companheiro! Que bons – ou maus – ventos o trazem? Aceita uma caninha e um charuto?
    O jornalista agradeceu, e explicou sua missão, delegada pela alta cúpula do partido: venho para ajudá-lo a sair da encrenca com a Rosemary. Lula puxou o assunto:
    – Já recebi as revistas de hoje (sexta-feira, 30). Que merda, cara! Tudo por culpa do Zé (José Dirceu) foi ele quem me apresentou a Rose.
    O assessor tentou aconselhar o ex-metalúrgico:
    – Companheiro Lula, você não deveria ter namorado a moça. Com seu poder você poderia ter 1000 mulheres sem se envolver com nenhuma delas.
    – Mas, você não conheceu a Rose dos velhos tempos: esguia, com contornos admiráveis, aqueles cabelos negros. Não há cabra-macho para resistir.
    O emissário petista foi logo ao assunto:
    – Bom, companheiro, a situação está na mídia e temos que resolver isso da melhor maneira possível.
    – Você precisa me ajudar, precisa abafar esse caso. Quantas menas (sic) gente ficar sabendo disso é melhor.
    – E a Marisa Letícia, já sabia disso, perguntou o emissário, achando que mexeria num vespeiro.
    – Sabia de tudo, tanto que ela não foi a nenhuma das 27 viagens que fiz ao exterior com a Rose. Dei ordens a ela: você é cega, surda e muda nesse assunto.
    – Então, companheiro Lula, o ideal é você chamar a imprensa, dizer que você foi fraco, que esse é assunto de sua intimidade, ou seja, é problema sexual seu. Fale de Garanhuns, de sua família, diga que no nordeste é comum os homens terem diversas amantes. Eles cairão e o povo aceitará, até idolatrará você. Lula jogou um gole de cachaça para o santo e voltou a falar, com cara de espantado:
    – Você está louco. Não vou dizer nada, vou agir da mesma forma que o Mensalão: não sei de nada. O Maluf negou a vida inteira o depósito na ilha de Jersey, não foi condenado a nada, e ainda se reelegeu deputado federal.
    – Mas, a Rosemary poderá ceder à pressão da imprensa e denunciar.
    – Ela não fará nada, ela me deve favores, nomeei amigos dela e atendi todos os pedidos dela. De graça. Ou quase.
    Experiente, o jornalista tenta explicar novos contornos:
    – Essa denúncia poderá dar início a um processo contra você, companheiro. Nós estamos com o Mensalão à flor da pele e o Joaquim Barbosa (ministro do STF) poderá mandar investigar.
    Senhor de si, Lula disse:
    – Ele é meu amigo, eu o nomeei para o Supremo. Ele me deve esse favor.
    – Mas, companheiro Lula, ele é religioso e monogâmico.
    – Monogrâmico (sic)? O que é isso?
    – Monogâmico é a pessoa que tem uma única esposa, – explicou.
    Mais uma talagada de pinga e uma tragada no charuto, e ele diz:
    – Então eu sou esse negócio aí, monogrâmico (sic), é isso? Sabe por que? Porque eu tenho só uma esposa, a Marisa. A Rose é um caso, só isso.
    O assessor percebe que a batalha é dura. Mas, insiste firmemente, com o intuito de saber outros problemas, para evitar complicações futuras.
    – Não há nada mais em relação à Rosemary, companheiro Lula?
    – Bom sabe, como é, quando a conheci nós transamos sem camisinha.
    – E daí, o que aconteceu?
    – Estou preocupado. Não sei se há um “bebê de Rosemary” por aí.
    O jornalista abriu a porta, tomou o elevador e saiu pensando “esse não tem jeito”.

    Maurinho Adorno é jornalista

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