sexta-feira, 2 de março de 2012

Saiba como escolher um bom ponto comercial


02 de março de 2012  09h06  atualizado às 15h48

Analisar se o seu público-alvo reside na região do ponto comercial é uma das primeiras atividades na hora de definir o espaço do seu empreendimento. Foto: Dreamstime/Especial para Terra
Analisar se o seu público-alvo reside na região do ponto comercial é uma das primeiras atividades na hora de definir o espaço do seu empreendimento
Foto: Dreamstime/Especial para Terra
A localização de um bom ponto comercial deve ser uma das primeiras etapas da formação de um negócio no ramo de varejo. Depois de definir a atividade do empreendimento, o modelo de negócios e o público-alvo, o próximo passo é partir para o estudo do ponto comercial. "Às vezes, isso pode demorar um mês ou mais. Mas o importante é que essa análise seja bem feita, leve o tempo que for", acredita Gustavo Carrer, consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP). "Vai valer a pena esperar e se instalar em um ponto adequado ao negócio." 

Mas, o que seria um bom ponto comercial? De acordo com Carrer, um ponto de venda privilegiado pode ser identificado por meio de três tópicos: público-alvo residente na região, público-alvo que frequenta diariamente a região e público-alvo que transita pela região. 

No primeiro caso, os compradores em potencial moram nos arredores do empreendimento e são clientes que têm o hábito de frequentar o varejo que rodeia sua residência. Já no segundo, amplia-se a pesquisa para o público-alvo que está diariamente na região do ponto de venda, seja para trabalhar, estudar, ir ao banco ou à procura de outros serviços e produtos. 

No último caso, o empreendedor vai analisar o caminho do público consumidor. "Esse tipo de localização nós chamamos de ponto que aproveita o fluxo. O local é passagem diária de um grande número de consumidores com o perfil do produto que o empreendedor pretende lançar"', explica Carrer. É o caso, por exemplo, de uma loja de conveniência localizada em uma grande avenida. Em todos os casos, o ideal é que os consumidores estejam em um raio de 10 minutos de distância do empreendimento. 

Além dos três tópicos principais, Carrer destaca a importância de análise de concorrência na região, do acesso ao local - seja de carro, a pé ou transporte público -, da segurança e da infraestrutura da região. "O empreendedor também não pode deixar de conferir se as leis quanto a horários de funcionamento no local são compatíveis as suas expectativas." 

Para o consultor, é importante que o empreendedor tenha em mente que um bom ponto de venda tem seu preço, mas que isso pode ser recompensado justamente por suas características comerciais. "Pode ser que o empresário fique em dúvida entre dois pontos: um que é ¿'ótimo', mas é 80% mais caro que o outro, que se qualifica como 'bom'", exemplifica Carrer. "Nesse caso, ele tem que fazer as contas e analisar. Pode ser que o ponto considerado 'bom' precise ser divulgado, gerando um custo com propaganda, enquanto o 'ótimo' acabe se propagando sozinho, pelo boca a boca." 

Novos pontos comerciais
A primeira regra para se criar um novo ponto de venda é ter paciência e possuir capital para esperar. Uma nova boa localização comercial não nasce da noite para o dia. Para o consultor do Sebrae-SP, esses novos pontos não param de surgir, mas demandam um empreendedor que possua condições para aguardar a consolidação do local. 

"Locais onde estão surgindo novos empreendimentos imobiliários com apartamentos, por exemplo. Daqui alguns anos, quando os prédios ficarem prontos e os moradores começarem a se mudar, esse local pode se tornar um excelente ponto de venda. Contudo, o empreendedor vai ter que esperar. Esse não é o tipo de ponto comercial para quem imagina que o negócio dê um retorno a curto prazo", esclarece. 

Outra maneira de estabelecer um bom ponto comercial é se instalar em um local não tão cobiçado e batalhar pela fidelização dos clientes. De novo, o segredo é ter paciência ¿ e capital ¿ para esperar o negócio prosperar. Além disso, para que o consumidor se sinta atraído pela oferta fora dos grandes centros, o empresário terá que oferecer diferenciação. Assim, poderá conseguir montar uma carteira de clientes fiéis.

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