sábado, 13 de julho de 2013

A ESPIONAGEM DO PRESIDENTE BARACK... (do cantinho do bom jornal O IMPACTO...)


  1. Cantinho O IMPACTO 13.07.2013
    A espionagem do
    presidente Barack 
    Maurinho Adorno
    Os brasileiros entraram em polvorosa com a divulgação de que os Estados Unidos fizeram espionagem e invadiram suas privacidades. Não há quem não tenha tido invasão em seus telefonemas, e-mails, redes sociais, e em outros meios de telecomunicação. Um amigo meu, o Indalécio, indagou-me no meio da semana:
    – Será que eles captaram uma conversa que tive com a Marilda no “bate-papo” do Facebook?
    A preocupação de meu amigo – temor, na verdade – é porque ele deu uma cantada em uma mulher casada, e tanto o marido dela como sua esposa são ciumentos e até violentos numa situação como essa. Barack Obama, o detentor dos “correios elegantes” trocados entre Indalécio e Marilda, aos cinco anos chorou a separação de seus pais. Ele poderia, a título de vingança, denunciar o namoro virtual.
    Severino, o feirante das quartas-feiras à noite, também estava preocupado. Contou a um amigo, pelo seu inseparável celular, que vendeu uma dúzia de bananas a uma sexagenária e, na hora de colocar no saquinho, entregou uma penca de 11 frutas. Furto declarado, agora não conseguia dormir com receio de que o Obama soubesse de seu crime. Já pensou se agentes do FBI chegassem à sua residência e o levassem a morar em Guantánamo? 
    O médico Nicanor, ginecologista, ficou atônito ao ver na televisão a notícia da espionagem americana. Ligou ao seu colega Clodoaldo, às 23,30 horas e, com voz trêmula, desabafou:
    – Clodô, eu dei um atestado médico afastando por 30 dias uma professora da Prefeitura; passei o documento por PDF, agora estou com medo de que uma cópia dele esteja sobre a mesa do Obama.
    O colega tentou acalmá-lo:
    – Não se preocupe colega, eu afasto umas dez por mês.
    – Não me preocupar? Ela foi vista em todos os jogos do Brasil, na Copa das Confederações, agitando foto do Neymar. Já pensou se a CIA gravou essas partidas e entregou as fitas ao Obama?
    Na prisão, Fernandinho Beira-Orla estava tranquilo. Jamais o Obama o apanharia. Instalado numa cela de 12 por 12 metros, com televisão em cores, assistiu às denúncias pelo Jornal Nacional e comentou com alguns subchefes do narcotráfico:
    – Jamais o Obama me apanhará com a boca na botija, eu comando todo o esquema com telefones clonados. Meu exército dá os golpes por telefone e conseguem os créditos. Ficarei ileso nessa.
    No gabinete da presidente Dilma Rousseff, em uma reunião de emergência: sentado à mesa principal, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva; à sua frente, em duas cadeiras, a ocupante do Planalto e o deputado Paulo Maluf. Dilma tomou a palavra e disse:
    – Hoje eu telefonei ao Obama e ele não me atendeu. Será que ele tem as informações de meus gastos com hospedagens no exterior? E se ele descobriu quanto nós gastamos com os cartões de crédito? Ele pode ter entrado no sistema da Visa e, se isso aconteceu, ele poderá jogar merda no ventilador.
    Lula era só ouvidos. Impassível, tomava uns goles de cachaça. Em dado momento, tirou do bolso do paletó um charuto cubano, presente do amigo Fidel Castro, deu diversas baforadas até enfumaçar a sala. Dilma o advertiu, “as pessoas lá fora vão dizer que onde há fumaça há fogo". Apague isso, Lula.
    Maluf estufou o peito:
    – Faça como eu, Dilma, eu nego. N-E-G-O.
    Lula apagou o charuto, deu mais uma talagada na cachaça e ensinou:
    – É simples, diga que você não sabe de nada. Faça como eu fiz com o Mensalão. Em boca fechada não entra mosquito.
    No Congresso Nacional, com todos os deputados e senadores reunidos, a palavra partiu do presidente:
    – O Obama deve estar sabendo de nossas corrupções, nossos desvios de recursos e os milhares de empregos que damos às nossas famílias e correligionários. Vamos mandar para ele uma lista com os nossos nomes, dos suplentes e de nossos amigos. Nós pedimos o silêncio dele e, em troca, damos a Amazônia aos Estados Unidos.
    O deputado Severino Amarante levantou a mão e, com ar de dúvida, indagou:
    – Mas, a Amazônia já não é deles?
    Mauro de Campos Adorno Filho é jornalista,
    ex-diretor dos jornais “O Impacto” e “Gazeta Guaçuana”.

Nenhum comentário: