No viaduto que corta Franco da Rocha, a separação: de um lado água barrenta; do outro, moradores sem ter como sair
Manuela Franceschini, de Franco da Rocha
O centro da cidade está completamente alagado, impossibilitando a acesso a escolas, supermercado e até hospitais (Luiz Maximiano)
Assim que acabou o temporal do final da tarde desta quarta-feira, as vizinhas Gislene Leonardi, Naiana Cortez e Minervina Cortez foram até o viaduto principal de Franco da Rocha para ver a desgraça. Elas e outras cerca de 20 pessoas. É do alto dele – e até onde se pode chegar sem molhar os pés – que dá para notar que a cidade da região metropolitana, a cerca de 35 quilômetros de São Paulo, foi tomada pela água e pelo cheiro de lixo e esgoto.
Do centro para cima, há pequenos pontos de alagamento. Do viaduto para baixo, tudo o que se vê é a água barrenta passando forte com a correnteza. “Nunca vi Franco da Rocha assim. Que tristeza, minha Nossa Senhora”, diz Gisele. Após o temporal que deixou a cidade debaixo da água, a principal suspeita recaiu sobre a abertura das comportas da represa Paiva Castro. Em entrevista coletiva, a Sabesp negou a informação.
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