MELBOURNE - Novak Djokovic precisou jogar cinco sets e quase cinco horas diante de Andy Murray para confirmar o seu favoritismo, mas venceu o britânico por 3 a 2, com parciais de 6/3, 3/6, 6/7 (4/7), 6/1 e 7/5, nesta sexta-feira, em Melbourne, e se garantiu na final do Aberto da Austrália. Líder do ranking mundial, o sérvio lutará pelo título diante do espanhol Rafael Nadal, atual número 2 da ATP, que na última quinta derrotou o suíço Roger Federer por 3 sets a 1 na outra semifinal.
No confronto que valerá o título do primeiro Grand Slam do ano, Djokovic irá defender uma invencibilidade de seis jogos sem derrotas para Nadal, que no ano passado foi superado pelo sérvio nas finais de Wimbledon e do US Open e também em outras quatro decisões, em Indian Wells, Miami, Madri e Roma. O último triunfo do espanhol sobre o rival aconteceu na primeira fase do ATP Finals de 2010. No retrospecto geral do confronto entre os dois, porém, o tenista número 2 do mundo leva vantagem, com 16 vitórias e 13 derrotas.
Esse foi o 11.º confronto entre Djokovic e Murray, que no ano passado foi derrotado pelo sérvio na final do Aberto da Austrália, antes de cair novamente diante do rival no Masters 1.000 de Roma e levar a melhor sobre o adversário no Masters 1.000 de Cincinnati. Com o triunfo desta sexta, o sérvio agora tem sete vitórias e quatro derrotas em 11 duelos com o britânico.
No jogo desta sexta, Djokovic chegou a estar vencendo por 5 a 2 no quinto set, mas permitiu a reação de Murray, que empatou em 5 a 5 e depois teve três break points para virar para 6 a 5. Porém, o sérvio salvou as três chances de quebra, confirmou o seu saque e colocou pressão sobre o britânico, que acabou sendo quebrado e perdeu o jogo, finalizado em 7/5.
O quinto set, por sinal, acabou sendo o retrato fiel de um confronto cheio de alternativas para os dois tenistas. O jogo foi marcado por um festival de quebras de saque - foram 11 break points convertidos por Djokovic em 26 oportunidades, enquanto Murray aproveitou sete de 24 chances de fazer o mesmo.
Desta forma, a partida só terminou após quatro horas e 50 minutos de uma batalha travada principalmente com trocas de bola do fundo de quadra. E o grande número de erros cometidos pelos dois tenistas colaborou em muito para o longo tempo de duelo. Foram nada menos do que 86 erros não forçados de Murray, contra 69 do sérvio. Ou seja, juntos eles contabilizaram 155, número bem distante dos winners que conseguiram. O sérvio obteve 49 bolas vencedoras, contra 47 de seu adversário.
Djokovic chegará embalado em busca do título em Melbourne no domingo, pois conquistou nesta sexta-feira a sua 20.ª vitória seguida em torneios de Grand Slam, após ter sido campeão de Wimbledon e do US Open no ano passado. Nadal, por sua vez, tenta voltar a vencer um torneio da série mais importante do tênis mundial depois de ter faturado a edição passada de Roland Garros.