O sinalizador para o início do desenvolvimento da doença poderia ser analisado com exame de sangue do paciente
Doenças degenerativas: com a morte dos neurônios, o cérebro entra em um processo que dá origem a doenças como Alzheimer (Creatas Images/Thinkstock)
As pesquisas que buscam a detecção precoce do Alzheimer acabam de ganhar mais um reforço. Um estudo conduzido pelo Centro de Pesquisa Técnica VTT, na Finlândia, encontrou uma alteração química que pode servir como um indicador da fase inicial, e ainda assintomática, da doença neurodegenerativa. Esse sinalizador precoce do Alzheimer poderia ser analisado com um simples exame de sangue, predizendo o início da doença meses ou até anos antes dos primeiros sintomas. O estudo foi publicado no periódico Translational Psychiatry.
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O Alzheimer é uma doença degenerativa, que tem progressão gradual e pode levar décadas para se desenvolver. O estágio pré-demência, também chamado de comprometimento cognitivo leve (CCL), é caracterizado por sintomas súbitos que podem afetar as atividades diárias mais complexas. O CCL é considerado uma fase transitória entre o envelhecimento natural e o Alzheimer. Esse comprometimento cognitivo confere um risco maior ao desenvolvimento da doença, embora ele possa ter vários resultados distintos – como até mesmo uma melhora com retorno à cognição normal.
Pesquisa – A equipe usou a metabolômica, um método de alto rendimento, para produzir perfis de metabólitos associados com a progressão para o Alzheimer. Amostras de soro foram coletadas no início do estudo: quando do diagnóstico do Alzheimer, do CCL ou eram grupo de controle. Cinquenta e dois dos 143 pacientes com CCL progrediram para Alzheimer durante o período de acompanhamento de 27 meses. Uma assinatura molecular composta por três metabólitos medidos no início do estudo foi preditiva para a progressão do Alzheimer.
Apesar de não haver terapias para prevenir o Alzheimer, a detecção em estágio inicial é vital tanto para retardar o aparecimento da doença por meio de drogas, como para mudanças no estilo de vida e para avaliar o potencial terapêutico de alguns agentes. Segundo os pesquisadores, conhecer os caminhos metabólicos associados à progressão da doença pode ajudar a identificar novas estratégias para o tratamento.
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