(Rosângela Scheithauer)
Esta é a história de um pinheirinho ainda não crescido, porém forte e sadio, feliz de ter nascido na parte mais linda da cidade, ou seja, nos bosques.
Certa noite teve um pesadelo: seus melhores companheiros estavam sendo colocados em um caminhão e levados para a cidade onde seriam vendidos no mercado de Natal. Alí seriam enfeitados para que as pessoas pudessem admirá-los.
Seu coração partiu ao notar a falta dos amigos. Repentinamente encontrou-se totalmende desolado. Porque razão não o levaram? Qual teria sido a causa de o deixarem tão solitário?
Começou a chorar e a neve vagarosamente comecou a cair sobre seus congelados braços.
A bondosa noite, tendo pena do pequenino, cobriu-o com seu manto e disse-lhe:
„Nao chore, pinheirinho solitário. Na cidade a vida está um alvoroço, pessoas correndo e se empurrando, muito barulho, mal-cheiro e agitação. Lá as únicas estrelas são as de plástico colocadas como enfeites sobre os seus companheiros. Imagine, perderam suas raízes para serem tão desmoralizados! Console-se de estar aqui, seus pés firmes no chão e seu olhar voltado para o céu e as estrelas“.
O pinheirinho fez como lhe foi sugerido. Como mágica, notou pontinhos dourados de luz, somente vistos na penumbra da noite. Perdeu o medo e, sorrindo, sentiu um calor no coração.
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